(parte 4 e última)
Coronel Zeca Neto se
hospeda no Hotel Grindler
O jornal O Rebate, em 10 de março de 1919, noticiava estar
hospedado no Hotel Grindler o prestigiado chefe político de Camaquã, Sr.
coronel Zeca Neto.
O “ilustre patrício”, que gozava de alto conceito naquele
município, bem como em todo o Estado, era um fervoroso adepto da candidatura do
egrégio senador Rui Barbosa à presidência da República.
“Saudemo-lo”.
General Zeca Neto |
Participação de
falecimento e comunicação de nova razão social
Aos 28 de setembro de 1927, era
participado à imprensa o falecimento do “amigo e sócio” André D. Raupp e,
conforme distrato da Junta Comercial do Estado, dissolvida razão social de
Konrad & Raupp.
Tendo o Sr. Konrady assumido todo o passivo da extinta
firma, continuaria ele com o mesmo ramo de negócio, Hotel Grindler, esperando
que todos dispensassem à firma individual André Luiz Konrady a mesma confiança
e preferência com que sempre distinguiram aos proprietários anteriores.
Nominata das pessoas
que fixaram residência no Grindler
Em princípios de maio de 1937, o Diário Popular publicou a
Nominata de pessoas que, dado o bom trato que o Hotel Grindler dispensava aos
seus hóspedes, para lá haviam fixado residência, fato que comprovava a
excelência do acreditado hotel, que passara às mãos do Sr. Ascendino Canez,
desde meados de janeiro daquele ano de 1937.
A nominata:
Dr. W. Bivar; Dr. Clarindo Severo e família; Dr. Cesar
Campos; Sr. Francisco Morales; Tenente Hugo Claro; Tenente Acácio C. da Rocha e
esposa; Sr. A. Krauer e esposa; Sr. José B. da Rosa; Sr. Luiz B. da Rosa; Sr.
Luiz Ramalho e família; Sr. Carlos L. Pinto e família; Sr. Antônio Sanches; Sr.
Salomon Nianchowac; Sra. Marina Leon e família; Sr. Antônio Nobre; Sr. Libargue
Nunes; Sr. Hugo Antônio Augusto; Sr. Eurico de Souza; Sr. Hélio Luz; Sr.
Domingos Rocha e família; Sr. Wolnei Ferreira; Sr. Dario do Estreito; Major
José Afonso da Rocha; Sr. Dirceu Peres; Sr. Dilon Dias; Sr. Rodolfo Martins;
Sr. Dimosman Gomes e Sr. Genes Bento.
Breve histórico do
Hotel Grindler
Uma folha local em meados de janeiro de 1938 publicou um
ligeiro histórico do afamado Hotel Grindler, na época, de propriedade do Sr.
AscendinoCanez, no qual foi dito que o atual administrador, dedicado, atencioso
e competente, tinha mantido, com alta visão comercial, o bom nome do
conceituado estabelecimento, cuja fama se irradiara por todo o Estado.
O histórico
Carlos
Grindler, um trabalhador esforçado, vindo de Cachoeira, fundou em Pelotas, em
1897, logo após cessado o rumor revolucionário, o Hotel Grindler, para onde
vinham sempre, atraídos pela sua fama, forasteiros de todos os municípios
vizinhos.
Carlos
Grindler, muito relacionado no interior, canalizou para sua casa, cujo nome
ascendia no conceito público, a admiração de todos os viajantes.
Em
1919, o Hotel passou a ser administrado, por motivos de saúde do Sr. Grindler,
pelos Srs. André Luiz Konrady e André Raupp, cuja sociedade durou até 1927,
ficando dessa data em diante, o estabelecimento, sob a exclusiva direção do
Sr.André Konrady.
Aos
17 de janeiro de 1937, adquiriu-o por compra o Sr. Ascendino Canez e este,
segundo um jornal da época, era um espírito dinâmico e adiantado, que soube
mantê-lo com alta dedicação o renome do grande estabelecimento.
O
Hotel vinha sofrendo, desde então, sensíveis melhoramentos, como sejam
pinturas, adaptações, compra de material, novo mobiliário e muito maior
iluminação.
Com
70 quartos, amplos e arejados, era um estabelecimento altamente recomendável ao
público.
Nele
residiam com todo o conforto, 11 famílias e 41 pensionistas, inteiramente
radicados no ambiente sadio e familiar do Hotel.
Mesa
farta, serviço atencioso, tratamento cavalheiresco, elegância e distinção, tudo
revelava no conceituado estabelecimento,
a sua direção e a solicitude do seu pessoal.
O
Hotel, concluía o jornalista, era um grande elemento de aproximação social, e
nele se relacionavam os indivíduos e as famílias, e se estudavam, com
informações fidedignas, as mais afastadas regiões do Estado.
Ainda
que não esgotado, encerramos aqui nossos apontamentos sobre o Hotel Grindler.
Ao fundo, prédio onde funcionou o Hotel Grindler |
Fonte de pesquisa: CDOV – Bibliotheca Pública Pelotense
Imagens: acervo de A.F.
Monquelat
Revisão de texto: Jonas
Tenfen
Postagem: Bruna Detoni
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